Nomeação de Arnaut é "exemplo" de "partido invisível"

Seguro criticou há semanas o facto de existirem "interesses que de alguma forma têm vindo a capturar o Estado português". E socialistas exemplificam com a nomeação de José Luís Arnaut para Goldman Sachs
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Os socialistas veem na nomeação do antigo ministro social-democrata José Luís Arnaut para a Goldman Sachs um "bom exemplo" do "partido invisível" que suga os recursos do Estado. "É um bom exemplo do que o secretário-geral referiu em Ourique como partido invisível", sublinhou ao DN fonte do PS.

A 8 de dezembro, António José Seguro tinha criticado a falta de transpartência. "Ao longo de décadas que Portugal sente que há interesses que de alguma forma têm vindo a capturar o Estado português e que sugam recursos que são de todos nós. Esses recursos deveriam estar a estimular a nossa economia, mas também a apoiar ações de natureza social", disse então o secretário-geral socialista.

Agora, com a nomeação de Arnaut, o secretário nacional do PS, António Galamba, acusou uma colisão de interesses. "Parece-me claro que há um conjunto de privatizações, onde a pessoa que agora é nomeada para a Goldman Sachs esteve presente, de uma forma mais direta ou menos direta", disse, citado pela Lusa.

O dirigente socialista exemplificou, com o facto de Arnaut ser um "elemento que está permanentemente em todas as privatizações, é uma evidência factual da participação na privatização quer da ANA, quer da REN, quer na reorganização do Banif, do BCP e também na privatização dos CTT, onde a Goldman Sachs não tem uma participação qualquer, tem a maior participação após a privatização".

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